Oficialmente em quase todo o mundo, o personagem Yellow Kid, de Richard Felton Outcault é considerado o primeiro personagem de histórias em quadrinhos no seu formato de arte impressa como é concebida e conhecida em nossos tempos. Porém há precursores e obras que discutem tal fato.
Cronologicamente, em 1827, na Suíça, o desenhista Rodolphe Topffer publicou a “historia de Mr. Vieux – Bois” ; em 1865, Wilhelm Busch, na Alemanha, desenhou a obra “ Max e Moritz” ; e em 1889, na França, Christophe lançou “A Família Fenouillard”. No Brasil, tivemos os trabalhos do desenhista Agostini, italiano de nascimento, mas radicado no nosso país, que desenhou obras como “ As Cobranças” (1867), “As aventuras de Nho-Quim” (1869), e “Zé Caipora” (1883).
O surgimento de Yellow Kid , seria o embrião do formato padrão de quadrinhos como conhecemos em nossos dias, consta como primeiro personagem a ter voz própria através do uso de balões, causando a integração entre personagem desenhado e texto em cenas seqüenciais. Yellow Kid conquistou público próprio na imprensa norte-americana, nos fins do século XIX. O termo Yellow Kid (menino amarelo) faz alusão à imprensa amarela norte-americana, uma imprensa sensacionalista, aqui no Brasil referida como “imprensa marrom”.
Na imprensa americana desenrolou a tradição de tiras diárias de humor para o grande público, favorecidas com o avanço do uso de cores nas impressões das rotativas. O primeiro segmento que se alternou das tiras de humor foi as seqüências de aventura, que viriam posteriormente desdobrar no surgimento de super-heróis.
O surgimento de segmentos e públicos específicos a partir da década de 20, merece um capítulo a parte, pela complexibilidade de fatos. O quadrinho se expandiu pelo mundo de maneira industrial e autoral, assumindo vários nomes como quadrinhos e gibi (Brasil); banda desenhada (Portugal); bande dessinée (França); fumetti (Itália); tebeos (Espanha); historietas (Argentina); manga (Japão); e encantando gerações e destacando grandes artistas
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